domingo, 15 de julho de 2012

Para não coar mosquito e engolir camelo... [parte II]



A proposta do movimento Eu Escolhi Esperar pode ser muito boa, já que o sexo vem sendo tão banalizado. No entanto, se não houver equilíbrio, corre-se o risco dessa proposta dar origem a uma geração moralista, cheia de justiça própria, adoecida, frustrada, neurótica; em alguns casos, reprimida sexualmente, enquanto a mente é um verdadeiro motel - e Freud explica! Em outras palavras, corre-se o risco de transformar a castidade numa espécie de bônus para barganhar nosso relacionamento com Deus. Afinal de contas, não somos como os demais que se entregam a qualquer pessoa a cada balada... Não somos como os demais...

Lembro da oração do fariseu, segundo o Evangelho de Lucas 18. 11-12:
O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: Ó Deus, graças te dou que não sou como  os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho.
Eis aí o espírito do farisaísmo. Tão sutil... Coa-se o mosquito enquanto se engole o camelo. Em tempo: repito que a proposta do movimento pode ser muito boa. Só acho complicado como o "Eu escolhi Esperar" pode ser compreendido. #Oremos

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