domingo, 15 de junho de 2008

[] [] [] [] "Cada um no seu quadrado" [] [] [] []


"Ado! A-ado... Cada um no seu quadrado!" Esse é o novo hit da moçada []como diriam os mais antigos...[]. Não sou entendido no assunto, mas é uma espécie de funk com ginástica... "Funkn' aeróbica"... Canta-se bastante rápido e quase separando as sílabas: "Ca-da um no seu qua-dra-do/ Ca-da um no seu qua-dra-do..." Ouvi pela primeira vez esse sucesso na faculdade []do lado de fora da sala de aula...[]. Achei um tanto quanto diferente, sem sentido... Mas, confesso que ao assistir em casa na TV a própria feitora []compositora...[] explicando a razão de tanto sucesso, vi que o motivo de tanto "ado" fazia sentido. Quem já não se pegou fazendo os passinhos no piso de casa? De qualquer forma, gostando ou não da sinfonia, ela é "quiném chiclete" []como ouvi recentemente...[].

Apesar de "estar na boca do povo" - disse a compositora []e intérprete![], orgulhosa de sua proeza - não creio que concorra ao Grammy Award. Mas que pega "quiném chiclete", pega! Como aspirante a cientista social []com todo respeito à "categoria"...[] e fan do cartoon "O Fantástico Mundo de Bob", dá pra comparar nossa sociedade ao "verso chiclete" dessa inocente canção. Não! Não é uma busca de mensagem subliminar na música []não sou chegado a procurar agulha no palheiro...[].

Existe um fenômeno que tem tomado conta de todo globo terrestre; por conta disso, nós, terráqueos, estamos sujeitos a essa ameaça global. Desculpe o tom apocalíptico, mas é a pura verdade! Trata-se do Esfriamento Global! Diferentemente do Aquecimento Global - tão discutido atualmente pela mídia, ONGs, artistas, políticos, vendedores de churros, pipoqueiros...- o Esfriamento Global constrói geleiras. Isso mesmo! Lenta e gradualmente, nos tornamos pessoas frias, geladeiras ambulantes.

O "olho no olho", a sinceridade e "o outro em primeiro lugar" estão sendo trocados pelo "olho por olho" , arrogância e "cada um no seu quadrado". A política do "Cada um no seu quadrado" é herdeira da liberdade individual []hahaha...[], prima da "Farinha pouca, meu pirão primeiro". Conhece? O "seja você mesmo!" é dogma []portanto, quieto! Não conteste, senão...[] do humanismo: doutrina que aposta suas fichas []uma "fé quadrada"[] numa sociedade construída pelo homem. O homem é centro do universo e das preocupações filosóficas...

Assim, construímos o mundo sozinhos! Por quê? "Ora, porque somos indivíduos pós-modernos". Chique, não? É mais ou menos assim: "Cada macaco no seu galho", entende? Depois que fomos convencidos de que nos tornaríamos "conhecedores do bem e do mal" [Gênesis 3:1-6], deixamos de desfrutar de uma vida significativa. Até hoje tem gente se perguntando "qual é o sentido da vida?". Como se não bastasse, olhamos o brinquedo do outro e pedimos um igualzinho. Não podemos ficar "de fora" do quadrado, né? "Samueeeeeeeel, me vê um rei, faz favor! As outras nações têm... Por que não podemos?" [1 Samuel 8:1-9]

E dizem que caminhamos para o progresso... Contudo, o homem constrói sua própria cova. [Provérbios 1:15-19]. A falsa liberdade não nos permite enxergar que somos escravos de nós mesmos quando ideologizamos o que deveria ser cultivado: saímos do jardim e fomos para o ringue []box/quadrado[]. Impressionante perceber como a própria sociedade trata os filhos de sua "pátria amada, idolatrada, salve, salve!". Quando um "pivete" rouba um tênis caro de um "playboy" bem arrumado, logo recebe um cascudo como sinal de punição []isso quando não acontece algo pior[]. Sim, a situação pode se inverter... O "playboy" pode implicar com o "pivete" []como alguns têm o "costume" de fazer com índios, prostitutas, empregadas domésticas, empregadas domésticas que "se parecem com prostitutas"...[]. Mas, consideremos o primeiro caso. O menino está roubando porque não deseja estar fora do sistema []quadrado[].

"Ah, Alexandre! Você começou bem! Mas, agora... Está até defendendo os trombadinhas...". De forma alguma! Só estou contestando o paradoxo de uns terem o direito e outros não de possuir um tênis de marca []do quadrado...[]. A prostituta, o "pivete", a mãe adolescente []já virou categoria...[], a criança que cheira cola []pra passar a fome...[], dentre outros "marginais" são frutos da sociedade. Foi ela que os gerou, mas os tem como filhos bastardos. Não enxergamos como parte de nosso mundo. É o "Sangue de Abel"...

Porém, se nos voltarmos pr'Aquele que nos criou com um plano, descobriremos que é possivel derreter a frieza do globo terrestre com o calor do amor de quem não poupou nem mesmo o seu próprio filho, para que desfrutássemos de uma vida com sentido, cultivando o nosso jardim junto com o Rei dos reis. Levantemo-nos como profetas pra derreter as geleiras que impedem a unidade - possível até mesmo na diversidade [Atos 2:42-47]. Como cantava a geração dos nossos pais, cantemos: "Aviva-nos, Senhor. Eis nossa petição: ateia o fogo do alto céu em cada coração." [Avivamento - 171 CC]