Se apenas uma oração me restasse, pediria a Deus: “Pai, não permita que eu perca a simplicidade do Evangelho”. Tenho orado assim... Não, isso não é uma reza. Não estou propondo “regra de três” pra falar com Deus. Ah, sim! Claro que desejo muita coisa e um pouco mais... Porém, quero que meus desejos estejam submissos ao Cristianismo puro e simples. Porque a simplicidade do Evangelho nos alegra e cativa as pessoas que estão a nossa volta. Não quero me deixar levar por essa correria que tem tomado conta de nosso pasto, incluindo os movimentos religiosos alternativos – o que não me assusta, porque ainda que sejam “alternativos”, são “religiosos”.
Lendo os Evangelhos, precisamente, os três anos do ministério de Jesus, percebo o quanto Cristo se preocupou com gente. O recado a Simão Pedro foi pra que ele apascentasse suas ovelhas e não pra que montasse um ministério de não sei o quê. Com todos os problemas ocorridos na Igreja primitiva, os primeiros cristãos aprenderam direitinho com Cristo [e foi exatamente por isso que eles ganharam o apelido de “cristãos”. Eram parecidos com o Cristo, ora!]. Igreja primitiva... Acho que somos mais primitivos que eles!
Convido você a [re] ler do versículo 42 ao 47 do Livro de Atos: útero da igreja cristã [quando não havia batistas, presbiterianos, metodistas, assembleianos, católicos, ortodoxos, neopentecostais, cristãos undergrounds, “visão celular”, “igreja com propósitos”, igreja sem propósitos, oficina G12...]. No princípio da Igreja cristã, a Igreja era cristã e ponto. Não lemos, por exemplo, uma descrição detalhada [com pormenores] de como era a reunião dos cristãos pra ganharem novos crentes. Não lemos versículos em que os primeiros cristãos discutiam qual seria o nome da festa evangelística que iria “impactar” toda a região.
Não estou propondo um movimento anarco-protestante! Creio que era uma igreja organizada, sim! Porém, não enxergo uma Igreja refém da agenda. Os primeiros cristãos não tinham uma cartilha de “como se relacionar com o próximo”. Simplesmente se relacionavam, “caíam na graça do povo”. Isso mesmo! Os cristãos “primitivos” eram simpáticos, engraçados! Cá entre nós, eu os imagino na pracinha da cidade conversando com as pessoas, jogando dominó, organizando um campeonato de futebol com a vizinhança... Evangelismo? Sim, natural e espontaneamente. Sem momentos específicos... Falavam de Jesus a qualquer momento... E até mesmo sem abrirem a boca. O comportamento falava mais alto que os versículos decorados. Reparou que na maioria das vezes em que conversamos com os "do mundo" é porque estamos num projeto missionário?
Acredito que nossos ministérios viram um negócio quando desprezamos a simplicidade do Cristianismo... Nossos eventos devem ser um pretexto pra que façamos aquilo que deve ser nosso estilo de vida. Caso contrário, será mais uma tarefa. Como um trabalhador que assina seu cartão de ponto e executa suas tarefas do dia, corremos o risco de transformarmos algo tão dinâmico que é o Reino de Deus numa série de funções. Domingo: ir à igreja; segunda-feira: reunião de líderes; terça-feira: reunião de oração pelo congresso do poder; quarta-feira: culto das causas impossíveis; quinta-feira: reunião de oração; sexta-feira: vigília da conquista; sábado: culto da juventude. Aviso: qualquer semelhança com qualquer igreja não é mera coincidência.
Quem sou eu para os meus vizinhos? Quem sou eu para os meus amigos de faculdade? Quem sou eu para os meus professores? Quem sou eu para os “não-alcançados”? [sem ir à janela 10/40 ou a um país pobre, necessariamente...]. E não vale aquele papo de que “somos perseguidos”, por favor! O Brasil está longe de tal perseguição! Como anda nossa “liturgia”? Somos criativos, engraçados, simpáticos ou enfadonhos, mal-humorados, chatos? Talvez a nossa “perseguição” tenha um bom motivo, não é mesmo? Não proponho modelos de criatividade, simpatia, graça... Porque nossa simpatia é natural. Pelo menos deve ser. Não me assusto quando vejo pessoas saindo das igrejas e indo para o mundo... Não mesmo! Fico triste... Agora, assustado? De forma alguma. “Ele (a) era tão envolvido com o ministério!” Disseste bem... Era envolvido com o ministério, mas não pelo Deus do ministério. E antes de tacar as pedras... Se eu não vigiar, sou o próximo. Por isso: "Pai, não permita que eu perca a simplicidade do Evangelho”.
“Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” [João 21: 17]
Lendo os Evangelhos, precisamente, os três anos do ministério de Jesus, percebo o quanto Cristo se preocupou com gente. O recado a Simão Pedro foi pra que ele apascentasse suas ovelhas e não pra que montasse um ministério de não sei o quê. Com todos os problemas ocorridos na Igreja primitiva, os primeiros cristãos aprenderam direitinho com Cristo [e foi exatamente por isso que eles ganharam o apelido de “cristãos”. Eram parecidos com o Cristo, ora!]. Igreja primitiva... Acho que somos mais primitivos que eles!
Convido você a [re] ler do versículo 42 ao 47 do Livro de Atos: útero da igreja cristã [quando não havia batistas, presbiterianos, metodistas, assembleianos, católicos, ortodoxos, neopentecostais, cristãos undergrounds, “visão celular”, “igreja com propósitos”, igreja sem propósitos, oficina G12...]. No princípio da Igreja cristã, a Igreja era cristã e ponto. Não lemos, por exemplo, uma descrição detalhada [com pormenores] de como era a reunião dos cristãos pra ganharem novos crentes. Não lemos versículos em que os primeiros cristãos discutiam qual seria o nome da festa evangelística que iria “impactar” toda a região.
Não estou propondo um movimento anarco-protestante! Creio que era uma igreja organizada, sim! Porém, não enxergo uma Igreja refém da agenda. Os primeiros cristãos não tinham uma cartilha de “como se relacionar com o próximo”. Simplesmente se relacionavam, “caíam na graça do povo”. Isso mesmo! Os cristãos “primitivos” eram simpáticos, engraçados! Cá entre nós, eu os imagino na pracinha da cidade conversando com as pessoas, jogando dominó, organizando um campeonato de futebol com a vizinhança... Evangelismo? Sim, natural e espontaneamente. Sem momentos específicos... Falavam de Jesus a qualquer momento... E até mesmo sem abrirem a boca. O comportamento falava mais alto que os versículos decorados. Reparou que na maioria das vezes em que conversamos com os "do mundo" é porque estamos num projeto missionário?
Acredito que nossos ministérios viram um negócio quando desprezamos a simplicidade do Cristianismo... Nossos eventos devem ser um pretexto pra que façamos aquilo que deve ser nosso estilo de vida. Caso contrário, será mais uma tarefa. Como um trabalhador que assina seu cartão de ponto e executa suas tarefas do dia, corremos o risco de transformarmos algo tão dinâmico que é o Reino de Deus numa série de funções. Domingo: ir à igreja; segunda-feira: reunião de líderes; terça-feira: reunião de oração pelo congresso do poder; quarta-feira: culto das causas impossíveis; quinta-feira: reunião de oração; sexta-feira: vigília da conquista; sábado: culto da juventude. Aviso: qualquer semelhança com qualquer igreja não é mera coincidência.
Quem sou eu para os meus vizinhos? Quem sou eu para os meus amigos de faculdade? Quem sou eu para os meus professores? Quem sou eu para os “não-alcançados”? [sem ir à janela 10/40 ou a um país pobre, necessariamente...]. E não vale aquele papo de que “somos perseguidos”, por favor! O Brasil está longe de tal perseguição! Como anda nossa “liturgia”? Somos criativos, engraçados, simpáticos ou enfadonhos, mal-humorados, chatos? Talvez a nossa “perseguição” tenha um bom motivo, não é mesmo? Não proponho modelos de criatividade, simpatia, graça... Porque nossa simpatia é natural. Pelo menos deve ser. Não me assusto quando vejo pessoas saindo das igrejas e indo para o mundo... Não mesmo! Fico triste... Agora, assustado? De forma alguma. “Ele (a) era tão envolvido com o ministério!” Disseste bem... Era envolvido com o ministério, mas não pelo Deus do ministério. E antes de tacar as pedras... Se eu não vigiar, sou o próximo. Por isso: "Pai, não permita que eu perca a simplicidade do Evangelho”.
“Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.” [João 21: 17]
5 comentários:
Fala ae
"...E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos..."
Este era o evento de impacto daquela época, "estes sinais seguirão aos que crerem"... havia futebol, ping-pong, picnic, teatro, simpósios, etc... mas acima de tudo, Deus encontrava pessoas dispostas a manifestar o Seu Poder na Terra, de uma forma muito simples (Em nome de Jesus, levanta e anda!)...
Penso eu, de nada adianta ter uma agenda ministerial bonita, uma bom relacionamento com as pessoas, ser simples, se Deus não encontra espaço para manifestar o Seu Reino entre nós...sem a presença Dele, é só filosofia...
Abs,
Érico
Fala, Érico!!
Gostei do seu comentário, rapaz! Didaticamente, temos dois grupos: "intelectuais" versus "ativistas".
Chamo de "intelectuais" aqueles que conhecem de tudo um pouco, mas não se envolvem com nada - são os reclamões. Do outro lado, os "ativistas" participam de todos os eventos possíveis e imaginados, podem até orar "fervorosamente"... mas não têm a motivação certa, entende? Vivem de "oba-oba".
Não sou o Rev. Luther King, mas tenho um sonho (rs): ver minha igreja envolvida em projetos sociais, ONGs e tudo mais! Porém, não posso depender da estrutura. Porque o que vivo não é religião: é relacionamento... estilo de vida!
"A Igreja precisa ser missionária." É uma frase redundante! Porque se a Igreja não for missionária, não é Igreja: é uma impostora. A Igreja precisa ser Igreja.
Precisamos de equilíbrio. E que Deus nos ajude, não é mesmo? [integral ou desnatado?]
Comente mais!! Gosto de suas idéias!
Abraço!
Tb gosto da maneira como escreves Alexandre!!
Precisamos ter equilíbrio sim...
Equilíbrio para não ficarmos somente envolvidos nas causas socias e negligenciar os dons espirituais...e tb para não exagerarmos nos dons espirituais e esquecermos das obras ( fé sem obras é morta...)
a Igreja Primitiva era UNIDA, tanto na causa social qt na espiritual (partir do pão, viúvas, milagres extraordinários...)
Creio q Deus não mudou, nem tirou aposentadoria, continua disponível para usar nossas vidas para sermos uma benção em ações socias qt em ações mais ligadas ao espiritual ( q num deixa de ser social tb né? um enfermo curado, é uma ação social)
Mais o q me deixa pasmado, é q eu já vi "ao vivo a cores" pessoas totalmente incrédulas se escondendo atrás de ações socias, entende? Sim, eu tb já vi, e ainda vejo, muitos ungidos do Senhor usando a "unção" somente para proveito próprio, sem usar nada em causa socias...infelizmente...
Enfim, a fé e as obras andam juntas...se uma das duas faltar, ou vira filosofia ou vira fanatismo...
Muito mais se poderia fazer no Brasil, em termos de escolas, orfanatos, hospitais, etc...pelas igrejas ( nós)
Um dos motivos de tanto oba-oba, tanto G12, e coisas esquisitas, é a falta da atuação do Espirito de Deus com liberdade... se Deus não age, aí entra a mente humana e suas filosofias para tentar "ajudar" Deus na proclamação do Evangelho...
Abs,
Érico
Obs: Tenho aprendido a escrever contigo! hehehe..
Amém, rapaz! Concordo contigo! Tudo o que você falou é verdade [e triste também...].
Você se expressa muito bem! Quase não precisa de parêntesis ou colchetes!! Nem "fanáticos", nem "filósofos"... Que a gente seja igreja, não é mesmo?
Estou na campanha: "Érico, monte um blog!"
Obs.: Tenho sido incentivado a escrever porque você comenta! hehe...
hehehe... vc escreve muito bem, e de uma forma atraente...continue assim...tb tem muito conhecimento, isso é importante...assim dá vontade de comentar..
Amém, sejamos igreja!
Amém, recebo sua idéia do blog, mas por enquanto vou aprendendo contigo,rsrsrs...quando crescer quero ser q nem vc! (e ter um blog)
Teus texto tem alcançado alguns amigos meus...vá nesta tua força Alexandre!!
Abs,
Érico
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