Sinceramente, não sei onde estava com a cabeça quando resolvi ter um blog. Não que não tenha nada de importante pra postar. Imagina... Acontece que a vida passa tão rápido e quase não há tempo pra se escrever sobre esse tempo. Nesses últimos dias [sem a conotação escatológica, necessariamente...], vi e ouvi coisas muito esquisitas. Mas, para alguns, não tão esquisitas assim...
Li a Genealogia da Moral; ouvi dizer que "Deus está morto"; um professor fez comparações simplistas do calvinismo à teologia [nem um pouco teológica] da prosperidade [aquela que você entra numa determinada "igreja" e "toma posse" de um carro na garagem, casa na praia, dente de ouro...]; o coordenador do curso de Estudos de Mídia anunciou que o curso acabara de ser reconhecido [nota: era dia 1º de abril, mas não era mentira]; o Chico Buarque e a Marieta Severo ["Dona Nenê"] estiveram no meu campus pra defesa de tese da filha et coetera.
Porém, algo estranho chamou minha atenção: Ao descer a escadaria da faculdade, me deparei com uma pessoa [ainda que não se portasse como tal] bêbada, deitada no chão, engolindo o próprio vômito. Uma cena deprimente. Pessoas indo e vindo, indiferentes ao homem jogado no chão, em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais [IFCS]... Que cena! Não era um documentário nacional. Era vida real. Diante de uma situação como essa, o que fazer? Ficar de braços cruzados não adianta.
Estava me sentindo um jeca tatu. Como alguém que tivesse acabado de sair do campo; por conta disso, sofrendo os efeitos do hiperestímulo sensorial da cidade grande. Pra quem nasceu na metrópole, não é nada novo observar [quase de camarote] mendigos, crianças de rua, assaltos... Parece que tomamos uma boa dose de anestesia a fim de que não percebamos esses paradoxos da modernidade: uns comendo caviar e outros o que vier [sto é, quando vem alguma coisa...]. Existe um sociólogo [desculpe, mas não me lembro do nome] que denominou essa indiferença de atitude blasé [desculpe, mas não me lembro de como se escreve]: uma proteção que o homem moderno criou pra se acostumar com os efeitos da modernidade [que meus professores não leiam minha síntese pra esse tipo de comportamento].
Isso me fez refletir acerca do uso de minha profissão, sabe? Confesso que não quero colocar meu diploma embaixo do braço [ou numa parede] e viver de retórica cientistasocialesca: "revolução", "fato social", "tipos ideais", "dialética" e outros blá-blá-blás... Urgh! Eca! Embora seja interessante, estudar a sociedade cansa. Minhas atitudes devem falar mais alto que minhas palavras. Por uma práxis cristã, antes que nos acostumemos com os mendigos; dependentes químicos; pais de família desempregados; crianças abusadas sexualmente...
Li a Genealogia da Moral; ouvi dizer que "Deus está morto"; um professor fez comparações simplistas do calvinismo à teologia [nem um pouco teológica] da prosperidade [aquela que você entra numa determinada "igreja" e "toma posse" de um carro na garagem, casa na praia, dente de ouro...]; o coordenador do curso de Estudos de Mídia anunciou que o curso acabara de ser reconhecido [nota: era dia 1º de abril, mas não era mentira]; o Chico Buarque e a Marieta Severo ["Dona Nenê"] estiveram no meu campus pra defesa de tese da filha et coetera.
Porém, algo estranho chamou minha atenção: Ao descer a escadaria da faculdade, me deparei com uma pessoa [ainda que não se portasse como tal] bêbada, deitada no chão, engolindo o próprio vômito. Uma cena deprimente. Pessoas indo e vindo, indiferentes ao homem jogado no chão, em frente ao Instituto de Filosofia e Ciências Sociais [IFCS]... Que cena! Não era um documentário nacional. Era vida real. Diante de uma situação como essa, o que fazer? Ficar de braços cruzados não adianta.
Estava me sentindo um jeca tatu. Como alguém que tivesse acabado de sair do campo; por conta disso, sofrendo os efeitos do hiperestímulo sensorial da cidade grande. Pra quem nasceu na metrópole, não é nada novo observar [quase de camarote] mendigos, crianças de rua, assaltos... Parece que tomamos uma boa dose de anestesia a fim de que não percebamos esses paradoxos da modernidade: uns comendo caviar e outros o que vier [sto é, quando vem alguma coisa...]. Existe um sociólogo [desculpe, mas não me lembro do nome] que denominou essa indiferença de atitude blasé [desculpe, mas não me lembro de como se escreve]: uma proteção que o homem moderno criou pra se acostumar com os efeitos da modernidade [que meus professores não leiam minha síntese pra esse tipo de comportamento].
Isso me fez refletir acerca do uso de minha profissão, sabe? Confesso que não quero colocar meu diploma embaixo do braço [ou numa parede] e viver de retórica cientistasocialesca: "revolução", "fato social", "tipos ideais", "dialética" e outros blá-blá-blás... Urgh! Eca! Embora seja interessante, estudar a sociedade cansa. Minhas atitudes devem falar mais alto que minhas palavras. Por uma práxis cristã, antes que nos acostumemos com os mendigos; dependentes químicos; pais de família desempregados; crianças abusadas sexualmente...
"Transformar o mundo é uma questão de compromisso. É muito mais e tudo isso." [João Alexandre, poeta cristão]
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