Quero cantar uma nova canção. Estou desejoso de dançar a música da Graça. Não tenho mais tempo para a religião fria e calculista que aponta meus erros numa espécie de saldo devedor. Desisto de imaginar um Deus mal-humorado, sisudo, de tocaia, que “descobre” meu pecado. Creio num Deus que perdoa meus pecados de ontem, hoje e amanhã. Seu amor é eterno e imutável. Desisto de imaginar um Deus recatado, pudico, envergonhado... Não! Deus é santo e amável. Somos nós, pecadores, que ficamos constrangidos com Sua presença. Se não fosse a Graça de Deus, nós é que estaríamos “em apuros”, e não Ele.
Desisto de me filiar a grupos, movimentos, organizações para “impactar o mundo”. Creio no sacerdócio universal: minha presença, onde estou, precisa influenciar outras pessoas. Creio na coletividade, ao mesmo tempo em que preciso ser pastor de crianças, jovens, adultos, anciãos, estudantes, profissionais liberais, indígenas... Creio em vocação, chamado, evangelismo criativo... Não consigo imaginar um cristianismo formatado, quadrado, feito caixa de sapato. Creio na missão integral: “O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens.”
Desisto de enxergar Deus apenas nas músicas do Cantor Cristão ou nos corinhos de “Ministério de Louvor e Adoração”. Deus é o mestre da arte e se revela como quer até mesmo na MPB. Também desisto de participar de eventos para lotar a igreja, quando esses eventos não se preocupam com o pastoreio de toda essa gente (que lotou a igreja). Creio numa igreja simpática, onde geração não se refira à faixa etária, onde pessoas cuidam de pessoas. Creio na Igreja orgânica que é feita de gente para gente. A Igreja que é agente da Graça de Deus.
Desisto de deixar de lado os santos católicos que inspiram simplicidade e uma vida consagrada a Deus, apenas porque não fazem parte da galeria de homens e mulheres protestantes. Incluindo os que não se tornaram “santos” (conforme a liturgia católica), creio ser possível admirar a simplicidade de Francisco de Assis, o serviço de Madre Teresa de Calcutá, a disciplina de Henri Nouwen, a imaginação de Chesterton, a solidariedade de Zilda Arns...
Desisto de tentar agradar todo mundo. Como alguém já disse, a clássica frase de “O Pequeno Príncipe” – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – pode ser um verdadeiro “cativeiro”. Amar não é uma troca de favores que conduz a esquizofrenia fanática. Creio no amor desinteressado, o amor ágape do pai que perdoa o filho pródigo e não espera uma boa explicação pelo abandono repentino. Pronto. É isso o que farei. Mesmo que erre, quero correr para os braços do Pai. Não preciso ensaiar nenhum discurso. Ele me ama, apesar dos meus erros. Eu me arrependo. Sua Graça me basta. Na casa de Papai há trajes novos, festa, dança, anel no dedo, pão e vinho.
Baseado no melhor livro que li em 2009 (e um dos melhores de toda a minha vida): NOUWEN, Henri J. M. A volta do filho pródigo: a história de um retorno para casa. 14 ed. São Paulo: Paulinas, 2007. Também vale conferir a canção do Gerson Borges sobre o livro.
Desisto de me filiar a grupos, movimentos, organizações para “impactar o mundo”. Creio no sacerdócio universal: minha presença, onde estou, precisa influenciar outras pessoas. Creio na coletividade, ao mesmo tempo em que preciso ser pastor de crianças, jovens, adultos, anciãos, estudantes, profissionais liberais, indígenas... Creio em vocação, chamado, evangelismo criativo... Não consigo imaginar um cristianismo formatado, quadrado, feito caixa de sapato. Creio na missão integral: “O Evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens.”
Desisto de enxergar Deus apenas nas músicas do Cantor Cristão ou nos corinhos de “Ministério de Louvor e Adoração”. Deus é o mestre da arte e se revela como quer até mesmo na MPB. Também desisto de participar de eventos para lotar a igreja, quando esses eventos não se preocupam com o pastoreio de toda essa gente (que lotou a igreja). Creio numa igreja simpática, onde geração não se refira à faixa etária, onde pessoas cuidam de pessoas. Creio na Igreja orgânica que é feita de gente para gente. A Igreja que é agente da Graça de Deus.
Desisto de deixar de lado os santos católicos que inspiram simplicidade e uma vida consagrada a Deus, apenas porque não fazem parte da galeria de homens e mulheres protestantes. Incluindo os que não se tornaram “santos” (conforme a liturgia católica), creio ser possível admirar a simplicidade de Francisco de Assis, o serviço de Madre Teresa de Calcutá, a disciplina de Henri Nouwen, a imaginação de Chesterton, a solidariedade de Zilda Arns...
Desisto de tentar agradar todo mundo. Como alguém já disse, a clássica frase de “O Pequeno Príncipe” – “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas” – pode ser um verdadeiro “cativeiro”. Amar não é uma troca de favores que conduz a esquizofrenia fanática. Creio no amor desinteressado, o amor ágape do pai que perdoa o filho pródigo e não espera uma boa explicação pelo abandono repentino. Pronto. É isso o que farei. Mesmo que erre, quero correr para os braços do Pai. Não preciso ensaiar nenhum discurso. Ele me ama, apesar dos meus erros. Eu me arrependo. Sua Graça me basta. Na casa de Papai há trajes novos, festa, dança, anel no dedo, pão e vinho.
Baseado no melhor livro que li em 2009 (e um dos melhores de toda a minha vida): NOUWEN, Henri J. M. A volta do filho pródigo: a história de um retorno para casa. 14 ed. São Paulo: Paulinas, 2007. Também vale conferir a canção do Gerson Borges sobre o livro.
2 comentários:
Noooossa! Que texto lindo!
É o evangelho simples, amoroso e universal. Sem preconceitos humanos, apenas com conceitos divinos!
Todo mundo é pródigo!
Obrigado pelo comentário, Juliana!
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